Atual titular de Mano Menezes não sofreu gol nos seis jogos em que
vestiu a camisa 1 do Brasil e busca superar série invicta de seu ídolo
de infância
A trajetória é curta, mas os números já impressionam. Com a camisa 1 da seleção brasileira, Diego Alves
ainda não foi buscar bolas na rede. Em seis jogos, nenhum gol sofrido,
marca que já lhe garante a melhor sequência inicial de um goleiro no
time canarinho. Diego, no entanto, está perto de outro recorde ainda
mais expressivo. A atual série invicta já o igualou a nomes que fizeram
história, como Gilmar dos Santos Neves – bicampeão mundial em 1958 e
1962 - e Dida. Ele agora está a dois de Taffarel - seu ídolo de infância
-, que ficou, entre 1989 e 1990, oito jogos sem ser vazado na Seleção.
- Não sabia disso. Igualar os números desses goleiros é um orgulho. Dá
ainda mais motivação para seguir fazendo um bom trabalho e chegar ao
Taffarel. Em 1994, quando comecei a entender mais sobre futebol, vi nele
um ídolo. Ganhamos a Copa nos pênaltis e foi todo aquele alvoroço.
Depois, fui observando como o Taffarel jogava. Ele era um cara que
passava confiança ao time. Sempre observei como ele se posicionava.
Assim como ele, não exagero para fazer uma defesa mais plástica. Gosto
da coisa mais simples. O importante é passar confiança para torcedores e
jogadores – disse o goleiro de 27 anos, por telefone, ao
GLOBOESPORTE.COM.
Diego Alves na Seleção: invicto (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
"Paredão dos pênaltis" quer conquistar brasileiros
As semelhanças com Taffarel não param por aí. Se o ex-goleiro ficou
famoso por defender pênaltis importantes nas Copas de1994 e 1998, Diego
Alves tem números impressionantes na Espanha, onde atuou pelo Almería e Valencia
– seu atual clube. Desde 2007, o goleiro defendeu 12 de 21 cobranças.
Outras duas foram para fora, e apenas sete entraram. Craques como
Cristiano Ronaldo e Messi, e atacantes badalados como Fernando Llorente e
Frédéric Kanouté foram algumas das vítimas do brasileiro. (veja algumas
cobranças defendidas pela goleiro no blog Brasil Futebol Mundial)
- Isso me ajudou muito aqui. Ganhei a confiança e o respeito da
imprensa espanhola. E é claro que defender as cobranças de Messi e
Cristiano Ronaldo gerou uma repercussão enorme. Eu vejo que os jogadores
me respeitam nas cobranças. Isso é legal. Cria aquele nervosismo, até
mesmo nos estádio. Isso ajuda a prever o que o cobrador vai fazer. Mas é
lógico que, uma hora ou outra, a bola vai entrar.
Na seleção brasileira, a defesa mais marcante (veja no vídeo acima), na
opinião de Diego, aconteceu na suada vitória por 1 a 0 para a África do
Sul, em setembro, debaixo de vaias no Morumbi.
- O jogo estava complicado, com o time pressionado, e consegui fechar
bem o canto. Foi a que eu mais gostei, até pela importância. Naquele
momento, passou confiança para a torcida e para os jogadores.
Confiança dos torcedores, aliás, que Diego sabe que terá de correr
atrás. Com uma carreira curta no futebol brasileiro, o goleiro sabe que
ainda é desconhecido por muitos torcedores no país.
- A desconfiança sempre vai existir. Nunca vai existir uma aprovação de
100%. Saí muito cedo do Brasil, poucos me conhecem. Joguei um ano e
meio no profissional do Atlético-MG e depois fui para a Espanha. Pouco a
pouco vou mostrando que tenho condições de estar na Seleção. Sabia que
seria desse jeito. Sempre soube que teria de provar.
Se busca conquistar a torcida brasileira, com Mano Menezes não é
diferente. Apesar de ter sido titular nas últimas quatro partidas em que
o Brasil atuou com o time completo, Diego não se sente o dono da camisa
1 da Seleção e muito menos nome certo no grupo que disputará a Copa das
Confederações, em junho de 2013, no Brasil.
- Não me sinto titular nem certo na Copa das Confederações. Sinto que a
cada convocação vou ganhando mais a confiança do Mano. Mas tenho sempre
que demonstrar nos jogos e nos treinamentos que tenho condições.
Próximo desafio: Falcao Garcia
O desafio de igualar e até passar a marca de Taffarel não será fácil.
Até o momento, os adversários do goleiro na Seleção foram Gabão, Egito,
África do Sul, China, Iraque e Japão. Na próxima quarta-feira, no
entanto, Diego Alves terá pela frente a badalada Colômbia e o atacante
Falcao Garcia, velho conhecido que vive momento excepcional no Atlético
de Madri.
No sábado passado, Falcao passou em branco no duelo contra Diego Alves,
na vitória por 2 a 0 do Valencia pela Liga espanhola. O colombiano
havia balançado as redes nos 11 jogos anteriores. Diego, porém, já foi
vítima de Falcao.
- Conseguimos parar o Falcao, mas ele é um atacante especial e vive uma
grande fase. Nas semifinais da Liga Europa, fomos eliminados pelo
Atlético de Madri, e ele marcou três gols.
Acho que o jogo contra a Colômbia será o mais difícil da Seleção neste
ano. Não só pelo Falcao, mas por todo o time, que vive um grande
momento.
Sobre um possível retorno ao Brasil, Diego Alves não descarta, mas não se vê no futebol brasileiro neste momento.
- Meu momento está direcionado para a Europa. Não posso falar pelo
futuro, mas acho que ainda tenho alguns anos de Europa. Tenho uma
identificação com o Atlético-MG, mas hoje o Galo tem o Victor, que
entendeu bem o que é o clube e está correspondendo.
vestiu a camisa 1 do Brasil e busca superar série invicta de seu ídolo
de infância
A trajetória é curta, mas os números já impressionam. Com a camisa 1 da seleção brasileira, Diego Alves
ainda não foi buscar bolas na rede. Em seis jogos, nenhum gol sofrido,
marca que já lhe garante a melhor sequência inicial de um goleiro no
time canarinho. Diego, no entanto, está perto de outro recorde ainda
mais expressivo. A atual série invicta já o igualou a nomes que fizeram
história, como Gilmar dos Santos Neves – bicampeão mundial em 1958 e
1962 - e Dida. Ele agora está a dois de Taffarel - seu ídolo de infância
-, que ficou, entre 1989 e 1990, oito jogos sem ser vazado na Seleção.
- Não sabia disso. Igualar os números desses goleiros é um orgulho. Dá
ainda mais motivação para seguir fazendo um bom trabalho e chegar ao
Taffarel. Em 1994, quando comecei a entender mais sobre futebol, vi nele
um ídolo. Ganhamos a Copa nos pênaltis e foi todo aquele alvoroço.
Depois, fui observando como o Taffarel jogava. Ele era um cara que
passava confiança ao time. Sempre observei como ele se posicionava.
Assim como ele, não exagero para fazer uma defesa mais plástica. Gosto
da coisa mais simples. O importante é passar confiança para torcedores e
jogadores – disse o goleiro de 27 anos, por telefone, ao
GLOBOESPORTE.COM.
Diego Alves na Seleção: invicto (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
"Paredão dos pênaltis" quer conquistar brasileiros
As semelhanças com Taffarel não param por aí. Se o ex-goleiro ficou
famoso por defender pênaltis importantes nas Copas de1994 e 1998, Diego
Alves tem números impressionantes na Espanha, onde atuou pelo Almería e Valencia
– seu atual clube. Desde 2007, o goleiro defendeu 12 de 21 cobranças.
Outras duas foram para fora, e apenas sete entraram. Craques como
Cristiano Ronaldo e Messi, e atacantes badalados como Fernando Llorente e
Frédéric Kanouté foram algumas das vítimas do brasileiro. (veja algumas
cobranças defendidas pela goleiro no blog Brasil Futebol Mundial)
- Isso me ajudou muito aqui. Ganhei a confiança e o respeito da
imprensa espanhola. E é claro que defender as cobranças de Messi e
Cristiano Ronaldo gerou uma repercussão enorme. Eu vejo que os jogadores
me respeitam nas cobranças. Isso é legal. Cria aquele nervosismo, até
mesmo nos estádio. Isso ajuda a prever o que o cobrador vai fazer. Mas é
lógico que, uma hora ou outra, a bola vai entrar.
Na seleção brasileira, a defesa mais marcante (veja no vídeo acima), na
opinião de Diego, aconteceu na suada vitória por 1 a 0 para a África do
Sul, em setembro, debaixo de vaias no Morumbi.
- O jogo estava complicado, com o time pressionado, e consegui fechar
bem o canto. Foi a que eu mais gostei, até pela importância. Naquele
momento, passou confiança para a torcida e para os jogadores.
GOLEIROS | JOGOS |
Taffarel (1989) | 8 |
Gilmar dos Santos Neves (1958) | 6 |
Dida (2001/2002) | 6 |
Diego Alves (2011/2012) | 6 |
Leão (1974), Taffarel (1989), Zetti (1993/1994) e Julio César (2008) e (2009/2010) | 5 |
atrás. Com uma carreira curta no futebol brasileiro, o goleiro sabe que
ainda é desconhecido por muitos torcedores no país.
- A desconfiança sempre vai existir. Nunca vai existir uma aprovação de
100%. Saí muito cedo do Brasil, poucos me conhecem. Joguei um ano e
meio no profissional do Atlético-MG e depois fui para a Espanha. Pouco a
pouco vou mostrando que tenho condições de estar na Seleção. Sabia que
seria desse jeito. Sempre soube que teria de provar.
Se busca conquistar a torcida brasileira, com Mano Menezes não é
diferente. Apesar de ter sido titular nas últimas quatro partidas em que
o Brasil atuou com o time completo, Diego não se sente o dono da camisa
1 da Seleção e muito menos nome certo no grupo que disputará a Copa das
Confederações, em junho de 2013, no Brasil.
- Não me sinto titular nem certo na Copa das Confederações. Sinto que a
cada convocação vou ganhando mais a confiança do Mano. Mas tenho sempre
que demonstrar nos jogos e nos treinamentos que tenho condições.
Próximo desafio: Falcao Garcia
O desafio de igualar e até passar a marca de Taffarel não será fácil.
Até o momento, os adversários do goleiro na Seleção foram Gabão, Egito,
África do Sul, China, Iraque e Japão. Na próxima quarta-feira, no
entanto, Diego Alves terá pela frente a badalada Colômbia e o atacante
Falcao Garcia, velho conhecido que vive momento excepcional no Atlético
de Madri.
No sábado passado, Falcao passou em branco no duelo contra Diego Alves,
na vitória por 2 a 0 do Valencia pela Liga espanhola. O colombiano
havia balançado as redes nos 11 jogos anteriores. Diego, porém, já foi
vítima de Falcao.
- Conseguimos parar o Falcao, mas ele é um atacante especial e vive uma
grande fase. Nas semifinais da Liga Europa, fomos eliminados pelo
Atlético de Madri, e ele marcou três gols.
Acho que o jogo contra a Colômbia será o mais difícil da Seleção neste
ano. Não só pelo Falcao, mas por todo o time, que vive um grande
momento.
Sobre um possível retorno ao Brasil, Diego Alves não descarta, mas não se vê no futebol brasileiro neste momento.
- Meu momento está direcionado para a Europa. Não posso falar pelo
futuro, mas acho que ainda tenho alguns anos de Europa. Tenho uma
identificação com o Atlético-MG, mas hoje o Galo tem o Victor, que
entendeu bem o que é o clube e está correspondendo.