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Dead Rising 2

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1Dead Rising 2 Empty Dead Rising 2 Seg Nov 12, 2012 5:51 pm

T-Lord

T-Lord
Fundador
Fundador

Dead Rising 2 é o sequência do grande sucesso que
despontou inicialmente no Xbox 360 (aparecendo mais tarde no Nintendo
Wii com o nome de Chop Till You Drop). A franquia se mostra intensa
neste game da Capcom, pois, mais uma vez, muitos zumbis preenchem a tela
e oferecem fortes momentos de diversão àqueles com vontade de matar.

A
história de Dead Rising 2 ocorre vários anos após a terrível invasão de
zumbis em Willamette. Infelizmente, o vírus não foi eliminado no
primeiro game. Dessa forma, a ameaça não foi contida e todo o território
dos Estados Unidos está em perigo devido aos contínuos ataques de
mortos-vivos.

Fortune City, o paraíso das apostas, é o novo
cenário onde os jogadores possuem a oportunidade de "passear" e utilizar
uma ampla variedade de objetos para repelir a grande massa de inimigos.
Como de praxe, elementos tradicionais como ação, humor negro e muita
pancadaria estão presentes no segundo game.



Ficha Técnica:

Desenvolvedora:Capcom Vancouver
Distribuidora:Capcom
Data de Lançamento:28 de Setembro de 2010
Idade Recomendada: Para maiores de 17 anos

Notas:

Visual:85
Jogabilidade:75
Áudio:90
Diversão:90


Análise



A volta dos mortos-vivos e das bizarrices

Sejamos
sinceros: os zumbis já contaminaram o universo do entretenimento
eletrônico há um bom tempo. Muitos devem se lembrar da época em que o
mundo babava ao prestigiar o suspense e o terror dos primórdios da série
Resident Evil no saudoso PlayStation. Com o passar do tempo, o conceito
em relação aos mortos-vivos foi se alterando. Pouco a pouco, as
criaturas foram evoluindo, deixando de serem apenas seres lentos e sem
cérebro para se transformarem em zumbis atletas e estratégicos.

Além
das mutações biológicas, que acabaram gerando uma série de monstrengos
bizarros, as criaturas também se tornaram um dos personagens mais
populares dos consoles. Muitos diziam que os zumbis já estavam
“manjados”. Realmente, era difícil inovar quando Resident Evil já havia
feito praticamente de tudo com os seres em estado de putrefação.

Contudo,
o mundo se surpreendeu quando a própria Capcom, responsável pela série
RE, anunciou um game um tanto quanto curioso para Xbox 360. Dead Rising é
o seu nome, e o título foi um dos primeiros jogos do console a chegar
às lojas em 2006. Sim, novamente tínhamos os famosos zumbis, mas a
fórmula estava bem diferente.

No jogo, você assumia o papel de
Frank West, um jornalista enviado a um Shopping Center para fotografar e
registrar a infestação. À primeira vista, o game é bem parecido com os
demais, trazendo uma trama que se aproveita de grandes clichês. Mas, é
aí que surge a grande sacada da Capcom. A companhia decidiu aproveitar
os chavões da indústria cinematográfica e do entretenimento eletrônico
para conceber um título extremamente engraçado.



O
resultado foi o sucesso absoluto. O exclusivo para Xbox 360 vendeu muito
bem, e tanto a crítica quanto o público adoraram o jogo. Afinal de
contas, não poderia ser diferente, pois a Capcom conseguiu criar algo
inovador, cômico e totalmente cativante. O que é mais divertido do que
eliminar centenas de zumbis utilizando armas improvisadas como CDs,
chapéus e outras bizarrices?

É claro que todos adoraram a fórmula
e passaram a esperar por uma sequência. Dead Rising 2 foi anunciado,
causou alarde e finalmente chegou às lojas. Mas, será que novamente
teremos uma infestação de risos e diversão em nossos quartos? Ou Dead
Rising 2 mal se aguenta em pé? Veremos.



Aprovado


Remédios, um reality show e psicopatas

Para
a alegria dos fãs, a Capcom acertou mais uma vez com a história de Dead
Rising. A trama bem elaborada e repleta de reviravoltas é um dos
fatores que mais prende o jogador em frente à tela — além da matança de
zumbis, é claro.

O pretexto é relativamente simples. Você assume o
papel de Chuck Greene, uma estrela de um dos reality shows mais
populares dos Estados Unidos: o Terror is Reality. Realizado em Fortune
City — uma espécie de Las Vegas genérica —, o evento reúne quatro
atletas que devem participar de várias provas competitivas para vencer e
conquistar o grande prêmio. Quem se lembra do programa American
Gladiator provavelmente notará muitas semelhanças na grande sensação de
Fortune City.

Entretanto, aqui os participantes não se resumem a
apenas quatro humanos. Sim, os zumbis fazem parte do evento e são a
maior razão para o esporte ter conquistado tantos fãs assim. Aqui, as
criaturas são tão importantes quanto uma bola em um jogo de futebol.
Toda a diversão está centrada em eliminar os zumbis da maneira mais
brutal possível e os grandes campeões normalmente saem com bastante
sangue sobre seus trajes.

É claro que nem todos são a favor dessa
violência gratuita na TV, mesmo que as vítimas sejam os (não mais)
temidos zumbis. Uma prova disso é o CURE, uma espécie de organização que
visa defender os direitos dos seres que já não caminham como humanos
sobre a Terra. Sim, imagine uma espécie de Sociedade Protetora dos
Zumbis. Basicamente, a ONG quer apenas que as criaturas sejam tratadas
com respeito, algo que, definitivamente, não acontece no programa Terror
is Reality.



Certo dia, Chuck, em mais um dia de “trabalho”,
acaba sendo surpreendido por um acontecimento temido por todo o mundo.
Depois de eliminar algumas centenas de zumbis para conquistar o grande
prêmio, o atleta decide encontrar sua filhinha Kate. Chuck então vai ao
vestiário para, posteriormente, se reunir com sua pequena. Obviamente,
as coisas não vão como planejado e Chuck dá de cara com uma nova
infestação zumbi.

Posteriormente, descobrimos que alguém armou
uma arapuca para Chuck, que aparece abrindo os portões das locações do
Terror is Reality e liberando os mortos-vivos para as ruas. Kate e seu
pai conseguem abrigo em um refúgio, mas nem tudo está seguro. A pequena
garota já foi infectada por zumbis antes do incidente de Terror is
Reality e sobrevivia graças a um remédio conhecido como Zombrex, o qual é
capaz de cortar o efeito do vírus por um período de 24 horas. O grande
problema é que não há uma estocagem do medicamento no local, obrigando
Chuck a se deslocar em meio à infestação para salvar a vida de sua filha
e evitar que ela tome o mesmo destino de sua falecida mãe.

Assim
como no primeiro jogo, você tem apenas 72 horas (em jogo) para realizar
suas tarefas — caso contrário, o socorro irá simplesmente deixar Chuck
para virar petisco de zumbi. Existem mais sobreviventes em Fortune City e
assim surgem mais problemas, levando Chuck a uma longa missão em busca
da verdade e da chance de vida de sua filha.

Como é possível
perceber, a trama de Dead Rising 2 é bem interessante. Felizmente, as
coisas ficam ainda melhor graças à narrativa adotada pela Capcom. Além
de trazer diversas críticas sarcásticas à “Sociedade do Espetáculo”, o
título também se apresenta como os filmes B de terror, com diálogos
exagerados e vários estereótipos.



Fora os zumbis, temos ainda alguns psicopatas que
surgem como inimigos perigosíssimos na narrativa de Dead Rising 2. Esses
malucos contam com uma história obscura e até assustadora e você com
certeza ficará ansioso para conhecer cada um deles. Em suma, são seres
bizarros que contribuem ainda mais para o clima maluco do jogo.

Falando
em maluquice, a sequência segue os passos de seu predecessor, trazendo
armas, itens e acessórios completamente bizarros. Em vez das
tradicionais armas de fogo e facas ou espadas, o arsenal de Dead Rising 2
é composto por centenas de objetos inusitados, variando desde
serras-elétricas até ursos gigantes de pelúcia. Isso sem contar a grande
variedade de trajes disponíveis para Chuck, que pode usar desde roupas
femininas até máscaras com a cabeça de Blanka, da série Street Fighter.

Dead
Rising 2 tem uma história adequada para sua proposta. Bizarrices,
clichês, estereótipos e mistérios compõem o roteiro inteligente do game.


Que comece a carnificina!

Bem,
e quanto à jogabilidade? Se você desfrutou do primeiro game, então
provavelmente não terá nenhum problema em Dead Rising 2. O esquema
continua basicamente o mesmo. O jogador pode interagir com armas, itens
de energia, portas, pessoas e outros elementos pressionando o botão de
ação. Novamente, temos apenas um botão para golpear, mas é possível
variar seus ataques ao mantê-lo pressionado — você também pode usar o
ataque secundário para lançar sua arma ou mirar com uma pistola.

Mesmo
assim, a ideia continua simples e direta: mate tudo o que já estava
morto e alcance seus objetivos antes que o tempo acabe. O jogador pode
ficar atento aos horários através do relógio em jogo, conforme recebe
novas missões pelo rádio intercomunicador. Selecionar suas quests é algo
semelhante a alguns RPGs, no qual você tem várias missões à disposição
(primárias e secundárias) e pode ativar uma, guiando-se através das
indicações em jogo.

A grande novidade aqui é o sistema de
personalização de armas. Conforme mencionamos, praticamente tudo pode
virar uma ferramenta de destruição em Dead Rising 2. Agora, o jogador
pode entrar nas Maintenance Rooms e criar seus próprios brinquedinhos
com as Combo Cards — cartas adquiridas no jogo que fornecem as
“receitas” para conceber suas armas.



Chuck gera itens
completamente bizarros e isto é um dos elementos mais divertidos do
game. Em nossa tentativa, criamos desde tacos de beisebol com pregos na
ponta até baldes com furadeiras acopladas. Quanto mais experiência e
mais exploração, mais cartas você encontrará e esse estímulo é muito
bem-vindo, ampliando a longevidade do título.

As possibilidades
são absurdas, tanto para as armas customizadas quanto para os itens
normais. Explorar Fortune City é uma prova recompensadora e tudo fica
ainda melhor conforme você joga mais e mais. O game conta com um esquema
de níveis no qual as habilidades de Chuck são aprimoradas conforme o
jogador adquire os PPs — obtidos da experiência adquirida em matar
zumbis e completar missões.

Você ainda pode recomeçar um jogo
usando esses pontos, permitindo uma experiência mais ousada e divertida.
Além de melhorar atributos como velocidade e resistência, o jogador
também recebe novos golpes como finalizações e pontapés aéreos, algo que
pode alterar completamente a sua estratégia e modo de jogo.




Ainda tem mais

Felizmente,
explorar Fortune City sozinho não é a única opção de Dead Rising 2. O
jogador vai encontrar vários personagens controlados pelo computador em
sua jornada, incluindo alguns que devem ser resgatados e outros que
querem apenas matar os zumbis. Mas o bacana mesmo está no modo
cooperativo do título.

Qualquer jogador pode simplesmente entrar
em sua campanha a qualquer momento, basta aceitar o convite e aguardar
até que o companheiro se conecte. Não é possível explorar locais
diferentes neste modo online, mas é muito mais divertido fazer as
missões e salvar os sobreviventes ao lado de um parceiro humano.

Além
desse modo multiplayer, Dead Rising 2 também traz o Terror is Reality.
Como o nome sugere, trata-se de uma modalidade que reproduz o popular
esporte do jogo, comentado no início da análise. Aqui, até quatro
jogadores competem entre si pelo grande prêmio em missões de vários
tipos e fortemente inspiradas por American Gladiator. O modo é bem
divertido, principalmente pelas propostas bizarras.



Graficamente,
Dead Rising 2 não deixa a desejar. Mesmo com alguns problemas em
relação à interação e a animação, o jogo consegue conceber um visual
encharcado por sangue e brutalidade, sendo um prato cheio para quem quer
violência gratuita. O áudio do game é interessante, principalmente pela
dublagem e pelas trilhas bem contextualizadas.



Reprovado


Fora de controle

Não
poderia ser diferente. A jogabilidade de Dead Rising 2 infelizmente não
é das melhores. Isso fica claro já nos primeiros minutos de jogo,
quando você tem de pilotar uma motocicleta para aniquilar zumbis. A
sensação que temos é de que os controles foram feitos às pressas, pois
boa parte da movimentação é esquisita.

O pior, entretanto,
acontece com mais frequência durante a campanha principal. Não há
qualquer sistema de travamento de mira, o que dificulta, e muito, a
aniquilação dos mortos-vivos. Dessa maneira, fica difícil acertar a
criatura desejada e muitas vezes o jogador acaba batendo em quem ainda
está vivo. O problema se torna mais evidente nas batalhas contra os
chefes. Fora isso, pegar itens do chão também pode ser uma tarefa
complicada, principalmente quando sobrepostos. Em suma, o esquema de
controles poderia ser muito melhor.


Mais probleminhas

Outro
problema em Dead Rising 2 é a inteligência artificial. Mesmo com pouca
vida, seus companheiros não procuram por itens para restaurar a energia.
Além disso, é difícil comandá-los e os NPCs muitas vezes não obedecem
suas ordens. Dead Rising 2 também apresenta loadings compridos e
frequentes, o que pode se tornar uma frustração para os jogadores.

A
dificuldade pode ser extremamente punitiva para quem não está
acostumado com o jogo, pois seu progresso vai por água abaixo se a
missão falhar. Um sistema de criação livre de armas e mais opções no
modo competitivo também seriam muito bem-vindos.




Vale a pena?

Dead
Rising 2 é um jogo extremamente divertido, trazendo uma proposta
diferente para o gênero dos games de mundo aberto. Em relação ao
primeiro título da série, temos várias melhorias, sendo o modo
multiplayer e a customização das armas as mais notáveis. Mesmo com
alguns problemas, a obra da Capcom consegue se sair bem, liberando mais
uma vez a divertida horda de zumbis.

https://goldpixel.forumeiro.com

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